Módulo II: FIGURAS E ADEREÇOS

Confecção, utilização e manipulação de figuras (míticas e típicas) presentes no teatro, na dança e nos folguedos da tradição popular brasileira.

Ministrante: Cris Cruz;
Realizada nos dias 08, 09 e 10 de Maio de 2015;
No Espaço Atená (Rua Elpidio da Rocha, 144 - Rio Tavares – Florianópolis/SC);
Participaram: Luciena Guzella, Renato da Costa e Vitor Ribeiro;

Relato: No primeiro dia trabalhamos com os quatro elementos. Diferentes atividades relacionadas com cada um desses elementos localizavam-se em um determinado lugar do espaço, onde podíamos ir transitando um a um.

No FOGO com velas coloridas pingávamos a cera em um recipiente com água. Nosso objetivo era de criar mandalas. Foi necessário paciência, pois a partir dela era possível chegar em um estado de transe - pela manipulação e contemplação das cores e dos desenhos que se formavam.


No elemento ÁGUA trabalhamos com papel crepom diluído em água. Descobrindo suas cores e suas possíveis misturas que resultavam em novas cores. Usamos garrafinhas de vidro e de plástico para observar a alquimia.

A criação era livre na TERRA, com o uso de argila e diferentes tipos de sementes brincamos com as formas a fim (ou não) de criar um objeto.

No AR tivemos duas opções de construção, birutas e/ou malabares. Ambos feitos com papel crepom e rolinhos de jornal.

Nos dias seguintes permeado pelo universo de algumas festas da tradição, como a Festa de São João, apresentadas por meio de vídeos pela ministrante. Realizamos a construção de diferentes objetos como máscaras, bonecos utilizando materiais ‘escolares’, pensando no lugar da Educação Infantil.

Neste módulo tivemos o prazer de ter a presença de Lydia Hortélio, etnomusicóloga e educadora, uma grande brincante que acompanhou parte da oficina e nos presenteou com duas lindas brincadeiras cantadas:


Ô abre a roda tindolelê
Ô abre a roda tindolalá
Ô abre a roda tindolelê, tindolelê, tindolalá

E vai pulando tindolelê
E vai pulando tindolalé
E vai pulando tindolelê, tindolelê, tindolalá


Assim, novos comandos são cantados e todos os fazem girando a roda:


Coqueiro balanço, coqueiro balançá

E vai andando no balanço do mar
Coqueiro balanço, coqueiro balançá

Devagarinho no balanço do mar
Coqueiro balanço, coqueiro balançá
(...)


No fim do terceiro dia realizamos um cortejo para a rua onde apresentamos o nosso primeiro trabalho “Aquilo era só índio e bicho, lá no fundo do sertão” para todos as participantes do curso: Um cortejo, cantos, viola, pandeiro e fé, a atenção do espaço é convocada, que os caminhares parem e a reflexão inicie, que possamos ver de longe onde estamos. O mundo é bom ou mau? Quando os argumentos se perdem, uma história é lembrada. “Aquilo era só índio e bicho, lá no fundo do sertão” mostra um pedaço de vida de dois sertanejos em algum sertão entre o bem e o mal, onde os dois lados se fundem a tal ponto que não podem ser mais divididos. A Folia vai começar!



Por Renato da Costa.











 

Vídeo: Alexandre Basso
Fotos: Lia Mattos

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